Monday, June 24, 2013

Bolsa-Família e os "vagabundos"

BOLSA FAMÍLIA É PRA QUEM NÃO QUER TRABALHAR
MENTIRA

O Bolsa-Família é um programa imenso do Governo Federal. Cerca de 13 milhões de famílias recebem o benefício. Ou seja, grosso modo, de cada 9 famílias no Brasil, 2 recebem. Mas você sabe quanto recebe?

Já ouvi gente dizendo que acha que é R$1500 por mês por filho. Ah, se fosse assim, até eu ia querer ter um monte e filhos e receber a ajuda. Mas vamos aos números.

Existem vários critérios para calcular o valor do benefício. Um valor fixo por família, mas um valor por criança até 15 anos, até um limite de 5, mais um valor por adolescente, até o limite de 2. Todos têm que estar frequentando a escola e tomando vacinas.

No final das contas, o benefício máximo do máximo é de R$306, quando a família tem 5 crianças e 2 adolescentes. Além, é claro, de pelo menos um adulto. Mesmo se tiver mais crianças e adolescentes do que isso, não receberá um centavo a mais.

Ou seja, R$306 por mês para alimentar 8 pessoas ou mais. Não sei se você, leitor, acha que dá pra sobreviver com isso. Se souber, conte o segredo pra gente na área de comentários.



AH, MAS EU CONHEÇO GENTE QUE..
AH, MAS EU VI NA TV QUE TEM GENTE QUE...

É aí que tem um porém. O governo federal libera o dinheiro. 

Quem cadastra as família que precisam, quem tem que fiscalizar se as famílias precisam mesmo, se elas estão recebendo e se estão usando bem o dinheiro, são as prefeituras. 

Se a prefeitura falhar nisso, seja por omissão, seja por falcatrua, é claro que vão haver fraudes. Com 13 milhões de famílias, claro que vai ter gente que não precisa do benefício, usando ele para comprar ração importada para o gato, coisas assim.

A propósito, tem bombado no Youtube o vídeo da dona de casa que reclama que o Bolsa-Família dela, que ela recebe há 8 anos, 'não tá dando nem pra comprar uma calça pra sua filha que tem 16 anos, porque uma calça para uma jovem de 16 anos é mais de 300 reais'. Já surgiram até remixes do vídeo em que ela canta funk ou música eletrônica 'autotunada'.

Bem, essa senhora Francisca mora em São Luís, do Maranhão. Atualmente, o prefeito dessa cidade é do PTC. Os prefeitos anteriores, dos oito anos em que essa senhora vem recebendo a Bolsa, são do PSDB e do PP. Ou seja, quem cadastrou essa senhora no Bolsa-Família, e quem deveria ter fiscalizado se ela realmente necessitava durante todo esse tempo, eram esses prefeitos.


MAS TEM GENTE QUE RECEBE MAIS DE MIL REAIS DO BOLSA-FAMÍLIA.

Não. O limite do Bolsa-Família é R$306,00 por família. Não por pessoa.
Não descarto a possibilidade de ter alguém que recebe mais do que isso, mas SE isso acontecer, é porque:

1. A pessoa recebe outras bolsas e recursos. Que não são bolsa-família e não são do governo federal. Podem ser qualquer outra coisa; ou

2. Alguém está recebendo bolsa por três ou mais famílias. Mas, de novo, a culpa não é do governo federal, e sim, da prefeitura, que faz vista grossa para isso.


BOLSA-FAMÍLIA EM NÚMEROS

Fazendo um apanhado geral, o Bolsa-Família, em 2013, possui um orçamento de R$22 bilhões. Isso aí. Vinte e dois bilhões de reais vão para essas pessoas. Parece muito, né?

Bom, para você ter uma ideia  em 2013 o governo federal vai gastar 900 bilhões para pagar juros da dívida. É isso aí. NOVECENTOS BILHÕES DE REAIS para pagar banqueiro. Ou seja, para cada R$1,00 que o governo gasta com o bolsa família, ele gasta R$40 com juros.

Isso agora, que a taxa de juros paga pelo governo está na casa dos oito por cento ao ano. Imagine então se ele ainda praticasse a taxa de 20 a 45% que era cobrada há 12 anos. Aliás, é por causa dessa taxa exorbitante que a dívida cresceu tanto. É mais ou menos como se você devesse 100 reais para o banco no cheque especial, deixa passar, e depois de alguns anos está devendo 10 mil, e os juros são tão grandes que comem todo o seu orçamento.

O orçamento total o governo federal para 2013 é de 2,2 trilhões de reais. Ou seja, 1% é gasto com o Bolsa-Família.

Dividindo isso em 13 milhões de famílias, isso dá R$1.692 por ano por família. Uma média de R$141 por mês.

O Brasil tem cerca de 57 milhões de famílias (IBGE, 2010). 13 milhões recebem o benefício, então 44 milhões acabam pagando por ele em forma de impostos. Ou seja, cada família não-beneficiária acaba contribuindo com R$500 por ano com o bolsa-família. O que dá R$41,60 por mês.

Considerando a família de 3,3 pessoas, então cada pessoa não-beneficiária paga, por mês R$12,62. O que dá 42 centavos por dia.

Se formos levar em conta que, provavelmente, a família beneficiária tem mais membros do que as mais abastadas, então o beneficio per capita é menor, mas como eu não tenho esse número, vamos calcular assim mesmo, considerando que elas têm o mesmo tamanho médio: 3,3 pessoas. Então cada membro recebe R$42,72 por mês, ou R$1,42 por dia para se alimentar.

Ou seja, você, eu, e mais uma pessoa qualquer à sua escolha, estamos pagando, cada um, 42 centavos por dia para que alguém que não conhecemos receba R$1,42 por dia para ter algo para colocar no prato.

Se você quiser, pode xingar, esbravejar, chamar isso de compra de votos ou o escambau. Mas EU dou graças a Deus, todo dia, por ser uma da pessoas que pode PAGAR os 42 centavos, em vez de ser uma daquelas que precisam dele para comer.

E antes que eu me esqueça: se você ainda acha ruim ter que dar 42 centavos por dia para alguém que você não conhece, lembre-se de que você também paga 40 vezes mais, quase R$17,00 para um banqueiro. POR DIA!



O BOLSA FAMÍLIA TIRA DINHEIRO DOS ESTADOS QUE TRABALHAM PARA DAR TUDO AO NORDESTE

É triste, mas é verdade: tem gente que pensa exatamente assim. Com essas palavras. Fico enojado quando ouço alguma declaração dessas. Demonstra um preconceito, arrogância e ignorância sem tamanho. Vamos lá.

Primeiro: todos os estados trabalham. Alguns (como São Paulo) são mais industrializados. Mas isso não significa que no Nordeste não se trabalha. Há menos indústrias, mas ainda assim há trabalho, seja no comércio, serviços, agricultura, pesca, alimentação, comércio de rua, etc.

Segundo. É errado pensar que todos os recursos do Bolsa-Família vão para o Nordeste. É verdade que, proporcionalmente ao número de habitantes, há uma porcentagem maior de nordestinos recebendo o benefício do que de sulistas. Mas não é porque o governo vai mais com a cara do nordestino do que do o povo do sul.

Para ter direito ao bolsa-família, há critérios. Renda e constituição da família. A renda tem que ser de até R$70 por mês por pessoa, para ter direito a um benefício maior, ou até R$140 por mês por pessoa para se ter um benefício menor. Acima disso, não há direito à Bolsa. 

Cumprindo o requisito de renda por pessoa, o valor do benefício é calculado de acordo com a constituição da família: número de crianças, de adolescentes e de gestantes.

E o critério é o mesmo no país inteiro, tanto para quem mora em Curitiba ou pra quem mora em Santo Antônio do Rio Abaixo.

Portanto, se a porcentagem de famílias beneficiárias no Ceará é maior do que no Rio Grande do Sul, é porque há uma porcentagem maior de famílias no Ceará que atendem ao critérios do que no outro estado. Não é por motivos políticos, preconceito ou por que o governador de certo estado é de determinado partido.

Em 2011, a Bahia foi o estado que teve mais 'bolsistas'. Em segundo lugar e terceiro lugares - adivinhe? - São Paulo e Minas Gerais, com uma média de quase 1,2 milhões de famílias atendidas em cada um.

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,nordeste-recebe-metade-dos-beneficios-do-bolsa-familia-em-dezembro,98919,0.htm


BOLSA-FAMÍLIA É USADA PARA FINS ELEITOREIROS

Bom, isso não dá pra negar. Mesmo se tivermos toda a boa vontade de supor que a intenção do programa não era essa, mesmo assim, é impossível não acreditar que o povo vai, com certeza, preferir votar no político que criar, manter ou melhorar o programa.

E o PT, como não é muito burro, acaba sendo um dos principais beneficiários da gratidão do povo e também do medo de que a ajuda acabe de repente.

Porém...

Não é só o PT que se beneficia com isso. Diversos partidos, principalmente o PSDB, alegam a paternidade sobre o programa. Ao mesmo tempo em que, para o pessoal do Sul e parte do Sudeste o PSDB se cala sobre o assunto e ataca o programa, aos nordestinos ele se apresenta como o criador da ideia - o que não deixa de ser verdade, pelo menos em parte.

E quem lembra da campanha eleitoral de 2010? Vendo que estava perdendo votos pelos boatos de que o seu governo iria acabar com o programa, Serra disse, num programa eleitoral, que iria manter e ampliar o programa.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/04/serra-diz-que-se-eleito-pretende-fortalecer-e-ate-ampliar-bolsa-familia.html

http://www.youtube.com/watch?v=qUliJOo7FGA

Outra coisa que deve ser levada em conta:

Se você considera que o Bolsa-Família é uma forma de comprar votos...

Se você acha um absurdo que essas pessoas se vendam em troca de uns trocados...

... lembre-se: será que a culpa é deles, ou será que é dos presidentes anteriores, governadores, prefeitos e coronéis, que deixaram que a vida do pobre passasse a ter tão pouco valor que quando - finalmente, pela primeira vez na vida - um presidente apareceu pra dar uma ajuda, eles começaram a vê-lo como um semideus, como se fosse Cristo reencarnado? 

Se esse povo tivesse sido tratado dignamente há 20 ou 40 anos, será que eles precisariam da Bolsa? Será que eles seriam tão devotos a quem desse uma ajuda para eles colocarem comida na mesa?


NEM TEM COMO SABER QUEM RECEBE O BOLSA-FAMÍLIA

Outra mentira.
Entre no Portal da Transparência
http://www.portaldatransparencia.gov.br/

Em "Consultas Temática" selecione "Bolsa Família" e em "Exercício" selecione o ano (2013, por exemplo). Clique em Consultar.

A partir daí, você verá quanto foi pago em benefícios em cada estado.

Se você quiser mais detalhamento, clique sobre um estado qualquer (o seu, por exemplo).

Você verá quanto foi pago em benefícios em cada cidade. Se quiser mais detalhamento, clique em uma cidade qualquer (a sua, por exemplo). 

Você verá a lista dos beneficiários. E se quiser mais detalhamento ainda, clique sobre um beneficiário. Você terá a lista de quantos pagamentos foram feitos a ele, o mês e o valor.

Você quer mais detalhes ainda? Bom, não vai ter. A partir daí, o governo protege a privacidade do usuário. Afinal, se você está esperando encontrar endereço completo, lista de pessoas da família, com foto e idade, ... bem, você não gostaria de ter na Internet a informação da idade, foto e endereço de seus filhos, associados ao fato de que que você é extremamente pobre e provavelmente trabalha fora e deixa filhos pequenos sozinhos em casa, e possivelmente seria fácil atrair seus filhos para uma van em troca de um chocolate ou um pouco de dinheiro. Gostaria?


TINHA QUE OBRIGAR O BENEFICIÁRIO A FAZER CURSO PROFISSIONALIZANTE

É outro argumento comum que escuto e leio quando se fala sobre o Bolsa-Família.

Ok,concordo. Seria o ideal. Sem dúvida nenhuma.

Mas será que é viável?

Estamos falando de 13 milhões de famílias. Vamos supor que, em 100% delas, só haja um adulto e o resto somente crianças. Então, teríamos que criar 13 milhões de vagas em cursos profissionalizantes. Se supusermos mais de um adulto e quisermos que todos eles façam cursos, então o número é maior.

Além disso, tem o problema de que os chefes da família muitas vezes trabalham várias horas por dia. E teriam que arrumar tempo para os cursos. Se eles deixam os filhos pequenos em creches, teriam que ser abertas muitos milhões de vagas noturnas em creches para manter as crianças enquanto o pai (e/ou mãe) estuda.

Se formos considerar que boa parte das famílias também têm adolescentes, e que estes também seriam obrigados a participar de cursos profissionalizantes, então podemos assumir que o país teria que abrir pelo menos uns 20 milhões de vagas em cursos profissionalizantes, e talvez o mesmo tanto de vagas (ou muito mais) em creches noturnas.

E o transporte do trabalhador até o local do curso? Para se deslocar até o trabalho, provavelmente o empregador fornece vale-transporte. Mas para o curso, o trabalhador teria que gastar, digamos, R$3,00 duas vezes por dia, 22 dias por mês, para se deslocar. O que dá R$132,00 por mês. Mas se lembra que o valor médio pago para o bolsa-família é de R$141 por mês? Então, teríamos duas escolhas:

1. O governo paga o transporte; nesse caso, o orçamento para o bolsa-família teria que subir, de 22 bilhões, para 42 bilhões de reais por ano.

2. O trabalhador pagaria do próprio bolso, então ele teria muito mais trabalho e responsabilidades, para sobrar só R$9,00 por mês. Como estou falando de médias, em alguns casos sobraria mais, em outros ele teria até que tirar do próprio bolso.

3. Daria tempo do trabalhador sair do trabalho às 18:00, ir em casa de ônibus ou a pé, comer alguma coisa, tomar banho, sair e chegar ao curso antes das 19:00? Ou ele teria que comer alguma coisa no caminho, ou então seria servida alguma refeição aos frequentadores do curso? Quem pagaria essa refeição? O governo pagaria? Se o governo servisse refeição lá, e cada porção tivesse o custo de R$3,00, então já seriam mais R$66,00 por mês multiplicado por 13 ou 20 milhões de pessoas, multiplicado por 12 meses. Mais R$10 a 15 bilhões por ano.

Agora calculando as despesas com os cursos profissionalizantes e com as creches noturnas.

Quanto custa uma creche noturna? E um curso profissionalizante?

Não sei, vamos supor que o custo para manter uma criança numa creche seja igual ao de manter no ensino fundamental. Mas como a creche é noturna, vamos supor um custo 20% maior, por causa do adicional noturno dos funcionários e maior despesa com energia elétrica.


E para o curso profissionalizante, vamos supor o mesmo custo de um ensino médio.

Em 2011, o investimento médio por aluno do ensino médio foi de R$ 4.212,00. No ensino fundamental, R$4.341,00. Supondo os 20% a mais, o custo por aluno na creche seria de R$ 5.209,00.

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18772:investimento-por-aluno-cresce-em-todos-os-niveis-de-ensino&catid=211&Itemid=86

Vamos ser modestos nos números e supor que cada família tivesse, em média:

  • um adulto que fosse obrigado a fazer curso profissionalizante;
  • meia criança para manter na creche;
  • meio adolescente que fosse obrigado a fazer um curso. (incluir no custo também o custo do ônibus)

Assim, o custo por família seria de R$ 8.922,00 por ano.
Multiplicado por 13 milhões de famílias, dá 117 bilhões de reais por ano.

Então, somando o valor pago atualmente, mais os cursos profissionalizantes, mais o vale-transporte, teríamos que o custo do Bolsa-Família passaria dos atuais R$22 bilhões para R$163 bilhões.

E olha - até agora, presumi que um curso profissionalizante custaria o mesmo do que um curso de ensino médio - o que está longe de ser verdade.

Afinal, um curso profissionalizante tem mais gastos: o professor tem que ser especializado em uma área - o que não é tão comum como professores de magistério 'genéricos'. Além disso, exige equipamentos especializados e material de consumo: máquinas de costura, motores, tecidos, alimentos, equipamentos para cozinha industrial, material elétrico e hidráulico, essas coisas. Você não vai ensinar mecânica de manutenção de aviões somente com aulas teóricas.

Além disso, um curso de ensino médio pode dar o mesmo ensino para todos os alunos da cidade. Já um curso profissionalizante, não. Não adianta formar 1000 eletricistas numa cidade com 10 mil habitantes, senão você vai formar 20 eletricistas e 980 desempregados - vai jogar fora 98% do investimento.

Você teria que ter um curso para eletricista para 20 pessoas, outras 20 para mecânico de motos, outras 20 para mecânico de automóveis, 40 para costureira, 20 para cozinheira, 100 para cuidador de idosos, 20 para técnicos de irrigação, etc. E cada um deles com seus equipamentos e materiais. Não dá pra ensinar a cozinhar usando um motor de caminhão.

O ideal seria então fazer um sistema de rodízio. Entre 10 cidades, se criam 20 cursos profissionalizantes diferentes, sendo dados 2 em cada cidade em cada ano. No ano seguinte, se troca. O custo não seria tão alto. Mas poderia demorar 10 anos para que a cidade de determinada pessoa tenha o curso que ela gostaria de fazer ou que permitiria ela se profissionalizar naquilo que ela já faz há anos mas nunca aprendeu direito.

Assim, o custo seria muito, muito maior do que eu assumi nos cálculos.

Na teoria, seria ótimo. Ainda mais que, tão logo os adolescentes e adultos da família conseguissem terminar o curso e arrumar um emprego melhor, mais qualificado e mais bem pago, eles deixariam de depender do Bolsa-Família.

Mas na prática, não é a coisa mais simples do mundo conseguir liberar mais 140 bilhões assim, do nada.


Agora, que você sabe a verdade...

Se você continua achando que todo mundo que recebe o bolsa-família é vagabundo e que prefere ficar sem trabalhar só para ganhar essa fortuna de R$1,42 por dia...

Se você continua achando que o responsável por faltar dinheiro nos hospitais e escolas são os beneficiários da bolsa...

Se você acha que é certo que o morador do sertão tenha que voltar a se submeter a trabalho semi-escravo a mando dos coronéis, trabalhando de sol a sol para ganhar R$20,00 por semana...

Se você acha que o governo deveria cortar imediatamente qualquer tipo de bolsa, para poder reduzir em 1% o que você paga de imposto...

Se você acha que os R$0,42 que você 'perde' por dia são mais importantes do que a redução da mortalidade infantil, de 3,6% para 2% (IBGE, 2002-2012) ...

Se você não é capaz de abrir mão de 3,5 centavos a cada 3 horas, para salvar da desnutrição a vida de uma criança nesse mesmo período,...

Então, me desculpe a sinceridade, mas eu considero você e outras pessoas da sua laia o tipo mais desprezível de ser vivente conhecido, e que vale muito menos do que a lombriga que se alimenta do cocô no intestino do cachorro de um mendigo. Você deveria fazer um favor a si mesmo e ao país: mude-se para algum país qualquer onde não haja pobres. Ou, se não tiver dinheiro para isso, se mate. 

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